Câncer, a prevenção e o tratamento requerem um olhar sistêmico!
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Dor no peito, coração acelerado, mal estar, agitação extrema. Todos esses sintomas podem corresponder à sintomas de um ataque cardíaco, ou infarto agudo do miocárdio, e levam as pessoas aos serviços de urgência e emergência, com a certeza que se encontram na iminência da morte.
Em muitas pessoas esses sintomas se repetem em diversas oportunidades, causam sofrimento intenso, e os exames invariavelmente confirmam: “não há nada errado com seu coração no momento, e sua pressão está normal”, é o que escutam dos médicos na urgência, ou “todos seus exames cardiovasculares estão normais, você está saudável”, escutam do clínico ou cardiologista.
Mas então, se não é um problema cardíaco, o que desencadeia esses sintomas?
Pode ser o Transtorno do Pânico!
São crises de ansiedade aguda, repentinas e sem causa aparente, com intensa angústia, medo da morte e de perda de controle sobre si mesmo, além de sintomas físicos e outros sintomas emocionais intensos, simulando um infarto cardíaco, crescente em intensidade e dura cerca de 10 a 20 minutos.
Essa crise leva o paciente invariavelmente a procurar um serviço de urgência, mesmo que já tenha ido inúmeras vezes e tenha seus exames cardiovascular recentes e sem alterações.
O paciente pode sentir-se extremamente angustiado, com sensação de morte iminente, medo de perder o controle e de enlouquecer, dor torácica, falta de ar, sudorese, náuseas, palpitações, agitação e outros sintomas físicos e psicológicos.
Esses sintomas o levam ao desespero e podem impedir que viva sua rotina normal devido ao medo de desencadear uma crise aguda. Sendo assim, passa a ficar em casa e evitar sair, principalmente para locais com muita gente, onde sinta que não poderá sair facilmente. As crises podem ocorrer em lugares abertos e populosos, ou lugares fechados de difícil locomoção.
Como o paciente busca lugares seguros, acaba se fechando e isolando, evitando cada vez mais sair e enfrentar situações de risco, o que afeta sua rotina, sua vida social e até mesmo sua profissão.
Para se acalmar, o paciente busca em cada crise um serviço de urgência, pois apesar de poder ter feito inúmeros exames e já ter sido tranquilizado e orientado por seu médico assistente, quando sente os sintomas, tem a certeza da morte.
Com o aprendizado que sua condição não é fatal, o portador do transtorno pode na iminência de uma crise e em seus intervalos aprender e treinar para utilizar alguma técnica de gerenciamento da ansiedade e do estresse, como por exemplo respiração diafragmática ou meditação para reduzir a resposta adrenérgica que potencializa o mal estar e os sintomas cardiovasculares e psicológicos.
Mudar o estilo de vida, iniciar atividade física, repensar sua rotina e escolhas, ampliar a consciência, meditar, nessa fase, conhecer a si mesmo é importante no processo de tratamento.
O apoio familiar é muito importante para os portadores do transtorno do pânico.
O acolhimento, o respeito, a escuta atenta, o apoio no momento da crise e fora dela são fundamentais para que o paciente possa voltar a sentir confiança, consiga superar o transtorno e buscar tratamento médico e psicoterápico.
O apoio dos amigos também é fundamental. Toda rede de suporte social é importante quando nos encontramos doentes ou com problemas.
Sozinhos o peso é muito grande, porém quando dividimos com aqueles que amamos o fardo se torna suportável e mais fácil de superar.
Não devemos nunca criticar uma pessoa que sofre do transtorno do pânico, nem julgar, dizer que é “coisa da cabeça” menosprezando o sofrimento do paciente, nem dizer que é fraqueza ou imaginação.
O paciente com transtorno do pânico necessita de apoio e suporte nesse momento de intenso sofrimento.
É difícil para qualquer pessoa sentir-se de repente sem apoio, com sintomas intensos, desconhecidos até então, e que não encontram uma causa física evidente nem comprovação através de exames.
A frustração e sensação de impotência são muito intensas, e o acolhimento e o apoio são fundamentais para que o paciente possa evoluir favoravelmente em seu tratamento médico e psicoterápico, e consiga retornar a sua rotina normal.
Se você sente ou conhece alguém que tem os mesmos sintomas, oriente para que procure orientação médica e psicológica, mude seu estilo de vida, e possa assim se tratar e voltar a ter uma vida normal e saudável.