Câncer, a prevenção e o tratamento requerem um olhar sistêmico!
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Já é fato que a atividade física regular, com orientação adequada é fundamental para quem busca saúde e qualidade de vida, já que o sedentarismo está entre os maiores fatores de risco para morte precoce.
Uma dúvida frequente é qual tipo de atividade física traz os maiores benefícios para a saúde e longevidade.
Parece que a resposta para essa importante questão foi descoberta em estudo publicada na revista científica Cell Metabolism (Metabolismo Celular, em tradução livre).
Segundo o pesquisador Sreekumaran Nair, da Clínica Mayo em Rochester, Minnesota, que liderou o experimento, o exercício HIIT (High-Intensity Interval Training, traduzido como treinamento intervalado de alta intensidade) foi o que demonstrou ser o que mais contribui para a longevidade por causar alterações benéficas para a longevidade à nível celular.
Os exercícios intervalados combinam séries de exercícios de alta intensidade, como os “tiros”, corrida, em terreno ou na esteira ergométrica, na bicicleta, em aparelho elíptico ou movimentos usando o próprio peso do corpo, alternando com períodos de descanso e recuperação variáveis.
Essa técnica já demonstrou que proporciona emagrecimento mais rápido e melhora no condicionamento físico em menos tempo de atividade. O gasto metabólico se mantém elevado por mais tempo após a atividade física.
No estudo com o HIIT, os pesquisadores avaliaram o IMC (índice de massa corporal), os níveis de insulina (hormônio produzido pelo pâncreas que regula a absorção de glicose pelas células) além de outros dados do metabolismo, em 2 grupos de participantes, o primeiro com idades entre 18 e 30 anos e outro com idades entre 65 a 80 anos. Esses participantes foram distribuídos em 3 grupos que fariam exercícios específicos, diferentes para cada um dos grupos.
O primeiro grupo foi orientado para fazer um treino intervalado de alta intensidade na bicicleta ergométrica, o segundo grupo fez um treinamento resistido com levantamento de peso (musculação) e o terceiro grupo foi orientado a fazer um treino que combinava as duas atividades.
Os três grupos apresentaram melhora no condicionamento físico, e tiveram melhorar na resposta da sensibilidade à insulina, como esperado.
O grupo que fez o treinamento resistido, com pesos, foi o que apresentou maior aumento da massa muscular.
Os grupos de treinamento intervalado de alta intensidade, e o grupo que combinou os dois exercícios tiveram maior aumento da capacidade aeróbica.
Porém à nível celular, o treinamento intervalado de alta intensidade foi o que mostrou maiores benefícios.
As mitocôndrias são as organelas presentes nas células responsáveis por gerar energia para nosso metabolismo, e o seu envelhecimento causa fadiga, perda muscular, reduz a habilidade do músculo para metabolizar a glicose, e aumento da resistência à insulina, o que gera ganho de peso e aumento do risco para diabetes.
A pesquisa demonstrou que aqueles que seguiram o treinamento HIIT tiveram redução do envelhecimento nas mitocôndrias do músculo, as quais se mantiveram “mais jovens”. Além disso o treinamento intervalado aumentou a capacidade de gerar energia das mitocôndrias em 69% no grupo dos voluntários mais idosos e em 49% nos mais jovens.
Houve melhora também na saúde dos pulmões, coração e na circulação. A melhora no consumo de oxigênio foi de 28% no grupo dos jovens e 17% no grupo dos idosos que fizeram o HIIT, que também mostrou incrementar a produção de proteínas pelas células.
Um ponto que merece destaque é que os benefícios obtidos ocorreram nos voluntários das duas faixas etárias, tanto nos jovens entre 18 e 30 anos quanto nos voluntários entre 65 a 80 anos, ou seja, independentemente da idade, sempre é hora de começar a fazer atividade física.
Consulte seu médico e após esse verificar suas condições para fazer exercícios sem riscos, siga a orientação de um educador físico.
Certifique-se que a atividade física faça parte de sua rotina, e ganhe saúde e qualidade de vida.