Câncer, a prevenção e o tratamento requerem um olhar sistêmico!
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O diabetes tipo 1 é uma doença grave, crônica, que requer um tratamento cuidadoso para a vida toda, com aplicação de insulina injetável, restrições e dietas alimentares, e possibilidade de agravação e surgimento de outras doenças consequentes ao diabetes.
Essa situação leva muitas vezes a família a uma dificuldade na aceitação e na maneira de lidar com a doença de seu filho.
É muito importante lidar de maneira adequada com o tratamento, e ajudar a criança a aprender a lidar com sua doença e ir gradualmente assumindo os cuidados necessários que serão para sempre.
Ao receber o diagnóstico de um filho com diabetes, de que maneira os pais devem absorver a notícia, de modo a preparar a criança para o tratamento?
O diagnóstico de diabetes tipo 1 é um fato que será realidade para toda a vida, pois é uma doença crônica sem cura até o momento, somente controle.
Apesar da provável dor, decepção e inconformidade dos pais, esse fato deverá ser encarado com tranquilidade para que a família possa lidar com as dificuldades da melhor maneira possível.
A maneira como a criança irá lidar com a doença dependerá muito de como seus pais recebam a notícia e das mensagens que passarão para o filho, mensagens estas verbais e principalmente não verbais, as quais as crianças percebem sempre.
Se os pais se mantiverem tranquilos, a criança certamente irá lidar bem com a situação, mesmo sendo um tratamento contínuo com necessidade de cuidados alimentares e mudanças no estilo de vida.
Por vezes familiares questionam se o fato de ter que utilizar agulhas no tratamento (aplicação de insulina e medição da glicemia) pode desencadear algum problema psicológico, como a depressão ou ansiedade não apenas em crianças, mas também em adultos, e, em caso positivo se existe alguma maneira de evitar isso.
A maneira como a família irá lidar com essa situação dependerá do preparo emocional e do nível de resiliência que cada um possuir para encarar os desafios e necessidades desse tratamento contínuo, com todas suas exigências.
O fato de serem necessárias aplicações e exames de glicemia não deve ser fator gerador de depressão ou ansiedade, se for encarado com naturalidade.
Muito pior seria se não houvesse tratamento para essa grave doença, como acontecia há décadas, levando jovens e crianças à morte.
Sempre é importante aumentar a resiliência que possuímos, através do manejo da realidade de maneira prática, e quando necessário, tratamentos como a psicoterapia e grupos de apoio.
Em pacientes diabéticos com problemas como depressão, como deve ser feito o tratamento?
Quando alguém tem um transtorno depressivo, deve receber tratamento multiprofissional.
O médico assistente irá orientar o uso de medicações, insulina, medicamentos ansiolíticos e antidepressivos quando corretamente indicado, solicitar exames, acompanhar a evolução do paciente e orientar para mudanças saudáveis no estilo de vida, atividade física regular orientada por educador físico, orientação alimentar e encaminhamento para nutricionista, psicoterapia de apoio e o que mais for necessário para que a doença seja controlada sem afetar a qualidade de vida do paciente nem de sua família.
O estado emocional de um diabético pode interferir nos índices glicêmicos? Por quê?
O emocional influencia diretamente o nosso físico, como podemos constatar através dos sintomas, e também com exames laboratoriais complementares, e técnicas que avaliam o sistema nervoso autônomo, caso do biofeedback.
Faz parte do tratamento aprender a gerenciar as emoções e aumentar a resiliência, em toda família, não só no portador da doença.
Corpo e mente são como dois lados da mesma moeda, o físico interfere e influencia o emocional, assim como o inverso também ocorre.
É por isso que existem diversas técnicas, inclusive milenares como a Ioga e a meditação, e modernas como o coaching, a psicoterapia, o biofeedback e neurofeedback que auxiliam na harmonização do corpo e mente, com benefícios sensíveis para a saúde e a qualidade de vida.