Câncer, a prevenção e o tratamento requerem um olhar sistêmico!
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A experiência de fracassar é uma experiência que será vivida de maneira diferente por cada pessoa.
Em geral, a maneira mais saudável de vivenciar um fracasso, é que este deve ser abordado somente como um resultado não satisfatório obtido, que nos levou para longe da meta inicial neste momento, mas poderá ser revertido.
O guru do coaching e da PNL Tony Robbins colocou “não existe fracasso, somente resultados!”.
Conta a lenda que Edison falhou por 9999 vezes antes de conseguir fazer funcionar a lâmpada de filamento. Tivesse desistido nas primeiras, seria outro a carregar a fama desta conquista.
O fracasso deve ser visto como um aprendizado que nos fará ampliar a experiência e o conhecimento, e nos levará a agir diferente na próxima oportunidade.
Quando fracassamos, significa que não conquistamos o resultado desejado, somente isto.
E pode ter ocorrido por uma avaliação incorreta da situação, por falta de recursos ou estratégias inadequadas, por não acreditar em si, por dificuldades de entendimento, por questões emocionais como ansiedade ou depressão, além de diversas outras. Enfim, são inúmeras as possíveis causas de fracassarmos em nossos objetivos.
Uma pessoa emocionalmente desequilibrada perceberá que fracassou porque ela é “incompetente” ou “fracassada”, assumindo ser a causa dos problemas e trazendo para si a culpa.
Nesta autoavaliação carregada de fatalismo, ela não cometeu simplesmente um erro, ela é o próprio fracasso.
O peso destas alternativas é muito diferente para a Vida. Se eu sou o fracasso, tudo o que vem de mim, será sempre assim.
Já começo com uma profecia autorealizável de insucesso.
Aquele que se julga um fracasso mostra que está preso a padrões e julgamentos infantis, noções de autovalor inadequadas, possivelmente interiorizadas através de experiências de relacionamentos disfuncionais na família de origem, e até que estas questões sejam olhadas e transformadas, o farão incorrer repetidamente em erros, reforçando cada vez mais este conceito.
Bert Hellinger o criador das Constelações Familiares nos mostrou que nos mantemos presos à inúmeros padrões familiares disfuncionais por amor e lealdade ao nosso sistema familar de origem.
Se nossos antepassados fracassaram, por fidelidade inconsciente à estas pessoas, repetiremos seu padrão. Assim nos mantemos ligados à família, “inocentes”, e iguais a eles.
Sair destes padrões requer autoconhecimento, ampliação da consciência e coragem para fazer diferente.
A pessoa equilibrada, com bom nível de autoconhecimento e uma ligação saudável com seu sistema familiar perceberá este fracasso como um resultado somente, o efeito de uma má escolha, ou de falta de recursos, então se assegurará que da próxima vez agirá diferente, se preparará mais e melhor, e esta experiência negativa foi mais uma oportunidade de aprender e se melhorar como pessoa.
Não leva para o lado pessoal, então tem liberdade para mudar os seus resultados.
Este é o perfil da pessoa resiliente.
Será que existe uma forma de trabalhar as derrotas para poder manter a saúde emocional e reverter isso para obter sucesso?
A pessoa resiliente tem maturidade emocional para acolher as derrotas como possibilidades na Vida, sem que isto a leve para um quadro ansioso ou depressivo, nem para um sofrimento emocional intenso e incapacitante.
Aquele que é resiliente aprende com seus fracassos, que servem como alavanca para que aja da próxima vez de maneira ainda mais efetiva e assim possa obter os resultados desejados, ajudar a si e a outros.
A resiliência é uma habilidade que aparenta ser mais natural em algumas pessoas que em outras, e isso se deve ao aprendizado e educação que trouxeram de suas famílias.
Criar crianças e jovens que se tornarão resilientes requer um diferencial na educação.
Ensinar às crianças, o mais precocemente possível, que devem ter e assumir responsabilidades por sua vida.
Quando pequenos devem ser estimuladas a começar a ser responsáveis por suas próprias coisas, guardar depois de usar, ajudar em tarefas da casa, sempre compatíveis com sua faixa etária e grau de desenvolvimento, sem passar a mão na cabeça nem tratá-las como se o mundo sempre devesse algo à elas.
Se assim for, quando esta criança crescer, esperará do mundo o que teve em casa, que deve ser sempre servida, e isto será fonte de imenso sofrimento e desadaptação nas relações, no profissional e na Vida.
A criança deve ser estimulada a crescer tendo autonomia, assumir suas atitudes e resultados delas, saber se relacionar com respeito pelos outros, ser flexíveis, ter bom humor.
Todas estas características farão a criança crescer com resiliência e estar preparada para aquilo que o mundo terá a lhe oferecer.
Não esperará dos outros nada do que ela mesma tem de realizar.
Não entrará em relações de poder, vitimizações e seu emocional será mais acolhedor e tranquilo.
Também é importante que olhemos para as pessoas que vieram antes em nossos sistemas familiares sem julgamentos, somente com amor e aceitação de cada um exatamente como foi, tenham tido fracassos ou sucessos.
Nos liberamos para ir adiante, de maneira saudável, levando o sistema familiar a um destino melhor para todos.
A boa notícia é que mesmo que não tenhamos sido educados desta maneira e não possuamos um nível adequado de resiliência, esta é uma habilidade social que pode ser treinada e conquistada em qualquer fase da Vida.
Passar por um processo psicoterápico, participar de uma Constelação Familiar, ampliar o nível de consciência e autoconhecimento, aprender a se relacionar saudavelmente pode ajudar esta pessoa a crescer, amadurecer e tornar-se alguém resiliente, centrado e capaz de aprender com a Vida, além de ser um modelo saudável para os outros.
Sempre vale a pena, em qualquer fase da Vida, ser feliz consigo e com os outros.