Câncer, a prevenção e o tratamento requerem um olhar sistêmico!
Leia
A ansiedade é um sintoma comum e presente na maioria das pessoas em seu dia a dia, e diz respeito a um excesso de futuro, preocupar-se com algo (pré ocupar-se ou ocupar-se antes do tempo) que ainda nem aconteceu, e na maioria das vezes nem mesmo irá se tornar um problema.
Ela pode ser desencadeada quando temos de lidar com alguma situação nova ou que gere ameaça, real ou imaginária, e de certo modo nos mobiliza e ajuda a enfrentar a situação.
A ansiedade é um estado que desencadeia sintomas físicos e mentais, nos mais variados graus e matizes, desde a ansiedade normal e não patológica frente ao novo, presente em praticamente todas as pessoas, até os casos graves e incapacitantes, a ansiedade patológica, que pode atingir de 10 a 20% da população e o transtorno do pânico, e nesses casos já se trata de uma doença.
Os sintomas físicos da ansiedade incluem taquicardia (palpitação ou aceleração do coração), angústia ou aperto no peito, suor nas mãos, tremores, agitação, respiração ofegante, dor no estômago, disfunção erétil e os sintomas mentais são inquietude, medos, preocupações e pensamentos repetitivos nos assuntos que causam a ansiedade além de falta de controle sobre seus pensamentos.
A pessoa ansiosa está sempre em estado de alerta, imaginando que algo ruim irá acontecer, antecipando problemas, e em casos extremos pode chegar ao transtorno do pânico e sentir-se incapacitada de cumprir suas atividades diárias, necessitando de afastamento, tratamento psiquiátrico e psicoterápico.
A ansiedade crônica atua no sistema nervoso e afeta o metabolismo através da liberação de alguns neurotransmissores excitatórios como adrenalina e noradrenalina, e inibindo a função do sistema de relaxamento GABA. Isto gera sintomas físicos e emocionais.
Quando os sintomas se tornam crônicos, ou muito intensos, podem paralisar a pessoa, impedindo até mesmo que saia para trabalhar ou realizar outras atividades, reduzindo suas interações sociais e fazendo com que permaneça reclusa em sua casa, procurando segurança, por medo que algo ruim possa acontecer.
Os familiares devem entender que se trata de um problema de saúde e que traz grande sofrimento. Devem acolher e apoiar o paciente, não pressionar nem criticar ou julgar. É muito importante que estejam presentes e tranquilizem a pessoa ansiosa para que esta sinta-se amparada e cuidada, e para que siga as orientações assegurando-a que irá melhorar com o seguimento do tratamento e reforçando para que reconheça a melhora do quadro, mesmo quando ainda incipiente.
O estresse agudo é importante para a saúde e ocorre sempre que precisamos nos adaptar a uma situação nova, boa ou ruim, que implique ou não em risco, também nas mudanças positivas da vida.
Na fase aguda, de alarme do estresse as glândulas suprarrenais liberam cortisol e o organismo se prepara para fugir ou lutar, mantendo-se alerta e atento. Assim que a situação se resolve, o organismo vai retornando ao normal e isto é saudável.
O problema ocorre quando o estresse não se resolve prontamente, e se torna crônico. É a “fase de Resistência” do estresse, quando a liberação crônica de corticóide endógeno leva a alterações de imunidade, vitalidade, de sono, libido, ulcerações gastrointestinais, irritabilidade e outros sintomas.
Se o problema não for resolvido e o estresse continuar evoluindo, pode chegar à “fase de exaustão”, quando diversas doenças crônicas podem aparecer e em casos extremos levar até a morte, a chamada morte por estresse, ou Karoshi, no Japão. (過労死)
Uma pessoa ansiosa e estressada, dependendo do estágio que se encontre seu estresse sente-se acelerada, sobrecarregada, impotente, e secreta através de suas adrenais, também chamadas suprarrenais, a adrenalina, cortisol, o que interfere com este próprio eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, desregulando-o e levando ao adoecimento.
Isto afeta o ritmo circadiano, causando um desequilíbrio na secreção de diversos hormônios, afetando a resposta imunológica, o sono, o humor, a vitalidade, digestão, até chegar à fases extremas nas quais são alterados os mecanismos de homeostase ou equilíbrio do sistema, desencadeando doenças crônico degenerativas como a hipertensão, síndrome metabólica, e problemas cardiovasculares, dentre outros.
A depressão é uma doença cuja incidência aumenta cada vez mais em todo o mundo, atingindo pessoas em várias faixas etárias e classes sociais, apesar do avanço dos tratamentos e medicamentos antidepressivos.
Os sintomas mais comuns de depressão são a tristeza profunda, falta de vitalidade, alterações no apetite, e na alimentação, com ganho ou perda de peso, alterações de sono, na libido, no humor, alterações na imunidade.
O depressivo tem um “excesso de passado” e marcadamente uma “falta de futuro”. Vive remoendo acontecimentos, mágoas, arrependimentos e não consegue planejar sua vida em direção ao futuro nem tem metas ou projetos que o impulsionem para adiante.
Fazer com que tenha ações e movimentos focados no presente e cuidados ativos com sua saúde estimulará uma nova percepção e redescoberta de seu corpo, de suas emoções e o reconectará com o fluxo da vida.
Os flavonoides são compostos presentes principalmente nas hortaliças, e frutas. São avaliados como fitonutrientes e são substâncias que tem a finalidade de proteger as plantas de agressões externas, como a radiação ultravioleta, mudanças climáticas, insetos e pragas, dentre outros.
Eles são importantes para a saúde, devido a sua potente ação antiinflamatória e antioxidante, combatendo o efeito do excesso de radicais livres, que causa dano nas células e envelhecimento precoce, e favorecem a produção de serotonina, neurotransmissor que causa sensação de bem estar, satisfação e felicidade.
O chocolate é rico em substâncias flavonóides, a preferência deve ser pelo chocolate amargo, menos calórico e mais rico em flavonoides, e também está presente nas frutas vermelhas como framboesa, romã, na uva e no vinho tinto, nos vegetais como o brócolis, couve, cereais e sementes, no café e chá preto e no mel.
A lactucina é um composto natural presente em plantas do gênero lactuca, que apresenta propriedades calmantes e sedativas, além de características analgésicas, dentre outras.
O alimento mais conhecido rico em lactucina é o alface, principalmente no seu talo, e também está presente na chicória. Seu uso como calmante é bem conhecido popularmente.
Alimentos que contenham a presença do aminoácido triptofano, tem efeito modulador do humor, antidepressivo e ansiolítico e são importantes no tratamento da ansiedade.
Isto ocorre porque o triptofano é precursor da serotonina, neurotransmissor que causa relaxamento, bem-estar e considerada como o hormônio da felicidade.
Também é importante ingerir alimentos que contenham vitamina B3 e o magnésio que auxiliam na produção da serotonina.
O triptofano está presente nos laticínios como leite e queijos, ovos e na banana. As carnes e peixes além do triptofano contêm outro aminoácido importante chamado taurina, que aumenta a produção do neurotransmissor GABA, que tem efeito relaxante e reduz os sintomas da ansiedade.
As folhas verde escuras contêm folato (ácido fólico), potente vitamina antidepressiva natural. Quando em baixas concentrações no organismo diminui os níveis de serotonina no cérebro.
Os carboidratos presentes nos cereais integrais e nas frutas, elevam gradual e estavelmente os níveis de açúcar no sangue, aumentando a sensação de energia e disposição. Estão presentes no arroz, aveia, feijões, raízes (inhame, mandioca), mel, frutas. Além disto as frutas cítricas contém vitamina C, a qual diminui a secreção do hormônio do estresse cortisol, liberado pela glândula adrenal, potencializando o efeito do triptofano.
A utilização da combinação de alimentos que contêm flavonóides, lactucina e triptofano possui inúmeros benefícios para a saúde, com a potencialização dos efeitos antioxidantes, antiinflamatórios e protetor celular dos flavonóides, o efeito calmante e sedativo da lactucina e as propriedades moduladoras do humor e antidepressivas dos alimentos ricos em serotonina.
Uma dieta balanceada e saudável é um dos pilares da saúde e da qualidade de vida e deve ser consumida diariamente, desde a infância.
Os alimentos que possuem ômega 3, presente no óleo de peixe e encontrado em peixes de água fria, principalmente salmão, arenque, sardinha, atum e bacalhau tem importantes propriedades nutricionais, são ricos em ácidos graxos poli-insaturados (gorduras) ômega 3, com seus componentes EPA (Ácido eicosapentanóico) e DHA (ácido docosahexanoico) e tem propriedades anti-inflamatórias, melhora a resistência à ação da insulina, modulador do humor, protetor para problemas cardiovasculares, ajuda a equilibrar a pressão arterial, diminui problemas neurológicos como déficit de atenção, agressividade, depressão e ansiedade.
A ingestão e a suplementação de omega 3 aumenta a eficácia dos antidepressivos, segundo estudos realizados na Universidade de Harvard e Melbourne. O ômega 3 é muito benéfico para a saúde geral do cérebro e para melhora do humor.