Câncer, a prevenção e o tratamento requerem um olhar sistêmico!
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Muitas vezes a ansiedade pode estar relacionada com a depressão.
A ansiedade patológica é uma das doenças mais prevalentes dos nossos tempos, causada pela aceleração do pensamento, excesso de informações, sobrecarga de problemas, baixa resiliência e falta de treinamento em inteligência emocional.
As pessoas ansiosas vivem no futuro, preocupadas (pré ocupadas) imaginando problemas que ainda não ocorreram, mas que em suas mentes não terão solução.
O ansioso tem um “excesso de futuro”, um futuro tenso e negativo, vivido antecipadamente e que traz sofrimento.
O depressivo tem uma falta de futuro (e excesso de passado), não consegue visualizar metas, projetos e está constantemente conectado ao passado, muitas vezes com mágoas e perdas.
O depressivo e o ansioso, ambos não têm conexão com algo que é fundamental para a saúde mental (e consequentemente física), que é a percepção do presente, a reunião do corpo e da mente, que é o significado em sânscrito da palavra Ioga, que significa União.
No cérebro os mecanismos neurofisiológicos envolvidos em ambas doenças têm pontos em comum, e seu tratamento muitas vezes é realizado utilizando os mesmos medicamentos.
Uma boa solução que abrange ambas doenças é meditar, prática que nos reconecta com o momento presente, o aqui e agora e impede ou diminui este fluxo desordenado de pensamentos e emoções negativas voltadas ao futuro e nos posiciona novamente com a possibilidade de agir racionalmente orientados para a solução de nossos problemas.
E quais são os sintomas do transtorno do pânico, tão frequente na atualidade?
O transtorno do pânico é uma doença com sintomas psicológicos e físicos, que pode ser incapacitante, limitando a pessoa em seu convívio e atividades sociais e profissionais.
O portador de transtorno do pânico tem crises de ansiedade aguda, repentinas e sem causa aparente, com intensa angústia, medo da morte e de perda de controle sobre si mesmo, além de sintomas físicos e outros sintomas emocionais intensos, simulando um infarto cardíaco, crescente em intensidade e dura cerca de 10 a 20 minutos. Essa crise leva o paciente a procurar um serviço de urgência.
O paciente sente-se extremamente angustiado, com sensação de morte iminente, medo de perder o controle e de enlouquecer, dor torácica, falta de ar, sudorese, náuseas, palpitações, agitação e outros sintomas físicos e psicológicos.
Esses sintomas o levam ao desespero e podem impedir que viva sua rotina normal devido ao medo de desencadear uma crise aguda.
Há algum fator que pode desencadear a depressão e síndrome do pânico nos pacientes?
A depressão pode ser reativa a acontecimentos como perdas, dificuldades durante a vida e há um baixo nível de resiliência para lidar com estes problemas, desencadeando a doença. Também existe a depressão endógena, mais grave e em muitas vezes não se acha uma causa aparente, sendo determinada por fatores familiares ou genéticos.
O transtorno do pânico pode ser originalmente desencadeado após uma experiência inicial de estresse pós traumático ou perda, e também uso de estimulantes ou medicamentos como anfetamínicos, álcool, drogas como a cocaína ou mesmo predisposição genética.
As crises podem ocorrer em lugares abertos e populosos, ou lugares fechados de difícil locomoção, por temor de não conseguir sair facilmente desses locais.
O paciente busca lugares seguros, como a própria casa, e acaba se fechando e isolando, evitando cada vez mais sair e enfrentar situações de risco.
As fobias se apresentam como medos exagerados de coisas que causam pouco ou nenhum dano, correto?
Uma fobia é a prova que podemos aprender algo instantaneamente.
Quando passamos uma única vez por um trauma, vemos ou presenciamos algo que gera medo e impacta negativamente nosso emocional criamos em nosso sistema nervoso uma informação, uma memória que gera uma rede de associações que será acessada assim que um gatilho desencadear uma lembrança ou menção ao assunto que gerou a fobia.
Pode ser de algo inofensivo como de barata, ou fobia a locais ou situações nas quais a pessoa passou por situações de risco, como um assalto ou local em que houve um acidente.
Outro exemplo no caso de fobia de avião a pessoa vivenciou, presenciou ou soube de alguma situação em um voo que gerou um medo intenso de morrer, ou o fato de pensar em estar em um avião a remete a um medo de ficar presa ou numa situação em que não possa controlar as variáveis e se sente em grande risco.
O mecanismo que gera fobias é o mesmo, independentemente do tipo de fobia.
Ao experienciar ou estar próximo a uma situação fóbica são criadas janelas de memória que se abrirão novamente no futuro pela possibilidade de reviver as experiências, gerando novamente as mesmas sensações.