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Consumo de gordura trans nos alimentos prejudica a função cerebral

Consumo de gordura trans nos alimentos prejudica a função cerebral

Um alto consume de gorduras trans, comumente utilizadas nos alimentos processados para melhorar o sabor, textura e validade foi relacionado à piora na função da memória de homens em seus anos de maior aprendizagem.

Em trabalho publicado no periódico científico PLoS One, foi conduzido pela Dra. Beatrice A. Golomb, PhD, da Universidade da California, San Diego, e seus colegas, que analizaram os dados de 694 homens que responderam a uma pesquisa sobre sua dieta e fizeram um teste de memória com palavras. Os homens com idade media de 45 anos e mais jovens conseguiram se lembrar de 86 palavras.

O consume de cada grama de gorduras trans na dieta foi estatisticamente associado a menos 0,76 palavras recordadas no teste. Isto significa cerca de 12 palavras lembradas a menos por aqueles que tinham o maior consumo dietário de gorduras trans comparativamente àqueles que não ingeriam nenhuma quantidade.

Outros fatores que influenciavam os resultados foram a pressão sistólica, a circunferência da cintura, o IMC, e os dados observados em humanos foram apoiados por dados experimentais em animais (ratos) alimentados com gorduras trans, que também tiveram prejuízo na aquisição de memória.

“Em termos mais amplos da função cerebral, nosso trabalho mostrou uma associação entre o comsumo de gordura trans e piora no humor além de comportamento mais agressivo. Então, o consumo de gordura trans mostrou efeitos adversos em outros dois pilares chaves da função cerebral, o humor e o comportamento”, reforçou a Dra. Golomb.

Inúmeras pesquisas já correlacionaram a ingestão de gorduras trans com outros riscos de saúde, incluindo maior risco de doenças cardiovasculares e também obesidade.

Dra. Golomb acredita que evitar completamente as industrializadas gorduras trans da nossa dieta é uma “recomendação dietética muito razoável. A evolução não pretendeu nem nos preparou para a exposição (a gorduras trans), não há necessidade destas gorduras, e elas são adversamente associadas com diversos resultados (negativos). As evidencias realmente comprovam que as gorduras trans aumentam a validade dos alimentos, mas reduz a “validade” dos pacientes”.

O Dr. Shaheen Lakhan, PhD, diretor executivo da Global Neuroscience Initiative Foundation, comentando o estudo disse que estes achados “confirmam que a nutrição adequada é essencial para as funções cognitivas”. Ele acrescentou que “o que tem aparecido é a associação entre a obesidade com o declínio cognitivo e a ingestão de gorduras trans pode mediar a influencia da obesidade na função cognitiva. Como neurologista, sou frequentemente perguntado como prevenir demência e preservar a memória. Com esta nova evidencia posso com confiança aconselhar meus pacientes a evitar alimentos com alto teor de gorduras trans. Finalmente uma mente afiada corre junto a uma dieta magra”.

O FDA declarou que as gorduras trans em alimentos processados não são “reconhecidos como seguros” para o consumo em alimentos, e a sua eliminação poderia prevenir 20 mil ataques cardíacos e 7 mil mortes por doenças cardíacas a cada ano.

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