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Alzheimer. Como a doença evolui e seus efeitos em toda família.

Alzheimer. Como a doença evolui e seus efeitos em toda família.

Alzheimer. Como a doença evolui e seus efeitos em toda família.

O Alzheimer não tem até o momento uma causa totalmente definida, mas há algumas hipóteses que podem ser a explicação de sua origem e os efeitos prejudiciais para o cérebro, a memória e a cognição.
A teoria genética fala que nascemos com a predisposição a desenvolver esta doença, e fatores epigenéticos, ambientais e metabólicos desencadeariam a doença.

Há o acúmulo de dois tipos de proteínas chamadas Beta Amilóide e Tau, que geram inflamação, estresse oxidativo, assim danificando e matando as células cerebrais.

Há a teoria metabólica que considera a doença de Alzheimer como um “Diabetes tipo 3”, consequente à resistência à insulina, hipertensão arterial, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares, obesidade causando as alterações metabólicas e inflamatórias da doença.

Sabemos que a doença é evolutiva e caminha em vários estágios.

Basicamente há 4 fases ou estágios da doença de Alzheimer:

1ª fase: Leve. o paciente apresenta sintomas de esquecimento que podem ser confundidos com processo de envelhecimento. O paciente ainda é independente, mas apresenta dificuldades de memória e com processos diários como alimentação, higiene, dificuldade em aprender e memorizar coisas novas, alterações de humor. Se o diagnóstico for feito nesta fase, o tratamento pode ter um resultado satisfatório.

2ª fase: Intermediária. Esta fase dura de 2 a 10 anos dependendo de cada pessoa. Os sintomas se agravam ocorrem dificuldades na fala e na comunicação, dificuldades para se vestir e fazer algumas atividades cotidianas. O paciente pode se perder em locais conhecidos e perde parcialmente a capacidade de reconhecer pessoas conhecidas, familiares e locais. Há pouco cuidado com a higiene pessoal, confusão, e alterações neurológicas como perda de força muscular, e podem aparecer sinais como alucinações. O paciente se torna dependente para seus cuidados, alimentação e segurança.

3ª fase: Final. Os sintomas neurológicos se agravam, podem aparecer crises convulsivas, tremores, rigidez, incontinência urinária e fecal, o paciente se torna totalmente dependente, geralmente deitado em posição fetal, aparecem escaras, emagrecimento, e infecções urinárias e respiratórias. A comunicação geralmente não mais acontece nesta fase.

4ª fase: Terminal. O paciente já não fala mais, fica acamada em posição fetal, incontinente, não mais se alimenta, têm infecções recorrentes necessitando ser internado e pode ocorrer o óbito por infecções, desnutrição e falência das funções vitais.

Uma dúvida importante que todos se fazem, existem formas de evitá-la?

Não há certezas definitivas quanto a prevenção porém medidas que promovam a saúde e a qualidade de vida e previnam e controlem as doenças crônicas tem efeito na prevenção e talvez no controle da doença de Alzheimer.

Uma alimentação o mais natural possível, atividade física regular, gerenciamento do estresse e cuidado com as emoções, manter a mente ativa, aprendendo coisas novas frequentemente, tecendo bons relacionamentos e redes de apoio social.

Enquanto a medicina não evolui para conquistar uma vitória sobre esta doença, todas as atitudes que promovam a saúde e a qualidade de vida têm efeitos positivos na saúde em geral e possivelmente na prevenção da doença de Alzheimer.