Artigos

Quando viajamos normalmente nos preocupamos com alguns detalhes do hotel, como: número de estrelas, acomodações, localização, acesso, estacionamento, WiFi, lazer e a higiene aparente dentre outros, mas provavelmente nunca temos a ideia da quantidade de microorganismos (bactérias, fungos) existentes e com os quais iremos conviver pelo tempo de nossa viagem!

Para descobrir estes dados, a empresa americana Travelmath (http://www.travelmath.com/) site que auxilia pessoas a planejar sua viagem com diversas informações e utilitários, fez um estudo, chamado “Hotel Hygiene Exposed”, ou Higiene dos Hotéis Exposta, em tradução livre.

Foram pesquisados nove diferentes hotéis de 3, 4 e 5 estrelas nos quais foram coletadas 36 amostras dentre as quais foram avaliadas e comparadas a população de microorganismos.

Na média, as amostras nos hotéis estavam muito mais contaminadas que as residências, aviões e até mesmo escolas.

O surpreendente, segundo Cristina Lachowyn, do Travelmath, foi que o resultado apontou que os hotéis mais luxuosos, de 4 e 5 estrelas tinham maior presença de bactérias do que os hotéis 3 estrelas mais simples, já que segundo ela “se esperava que o dinheiro extra que você está gastando naquelas estrelas a mais iriam também para o serviço de limpeza dos quartos”.

Parece que, como as pessoas, os microorganismos também preferem os hotéis mais estrelados!

De acordo com a descrição do estudo, a equipe de Travelmath testou a presença de diversos tipos de bactérias (incluindo cocos e bacilos), gram positivas, gram negativas e fungos (causadoras de infecções de pele, respiratórias, pneumonias entre outras).

Para efeitos de comparação, um estudo citado pelo site médico WebMD encontrou a média de 452 UFC (Unidades Formadoras de Colônias – que é o número de bactérias viáveis em uma amostra) por polegada quadrada (PP2) nas pias dos banheiros das residências, enquanto pesquisa do Dr. Charles Gerba da Universidade do Arizona encontrou a média de 17.000 UFC nos Controles Remotos das residências.

Já nas pias dos banheiros dos hotéis a sujeira era muito maior:

– (Residências: média de 452 UFC PP2)
– Hotéis três estrelas: média de 320.007 UFC PP2
– Hotéis quarto estrelas: média de 2.534.773 UFC PP2
– Hotéis cinco estrelas: média de 1.011.670 UFC PP2

Para os controles remotos, estes são os dados:

– (Residências: média de 17.000 UFC PP2)
– Hotéis três estrelas: média de 232.733 UFC PP2
– Hotéis quarto estrelas: média de 1.400.027 UFC PP2
– Hotéis cinco estrelas: média de 2.002.300 UFC PP2

O número de pessoas que passa por hotéis é muito maior do que os frequentam uma residência típica, sendo assim a contaminação é maior.

Muitos fatores levam à esta diferença nos diversos ambientes dos hotéis, como a textura da superfície, há quanto tempo a superfície foi limpa, e a maneira como é feita a limpeza.

Câmeras ocultas revelaram que algumas técnicas de ‘limpeza’ inadequadas e perigosas foram usadas nos hotéis como por exemplo limpar superfícies do quarto com o mesmo pano com que foram limpos os banheiros, o que é totalmente contraindicado.

Veja a média de microorganismos encontradas nos hotéis 3, 4 e 5 estrelas segundo o estudo, que está na tabela abaixo:

1. Pia do banheiro – 1,288,817 UFC PP2.
2. Controle remote – 1,211,687 UFC PP2.
3. Mesa – 604,907 UFC PP2
4. Telefone – 4,252 UFC PP2.

Embora diversos tipos de bactérias não ofereçam riscos à saúde, é uma boa ideia estar sempre cuidadoso e preparado.

Para minimizar estes riscos, aconselha-se lavar frequentemente as mãos (o que diminui os riscos de infecções respiratórias e gastrointestinais) e levar consigo e usar algum desinfetante, ou álcool gel para desinfetar superfícies como o telefone, controle remoto, mesa e o banheiro.

Para o controle remoto outra solução possível é envolve-lo num saco plástico ou filme plástico e só então usá-lo.

Com estas informações já dá para se preparar melhor para sua viagem de férias, e aproveitar tudo com muita saúde.