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O cérebro é o órgão que coordena todas funções de nosso organismo, como um maestro rege uma orquestra. Esse órgão de menos de 2 quilos, que não chega a 3% do peso total do corpo, recebe cerca de 25% de nossa circulação arterial, e tem um metabolismo energético altíssimo.

Não consegue viver por mais de poucos minutos sem oxigênio, é uma estrutura altamente complexa e ainda não totalmente desvendada pela ciência, responsável por diversas funções e integração de sistemas em nosso corpo.

O sistema integrado Corpo-Mente, do qual o cérebro é o coordenador, interage com estímulos externos perceptíveis e não perceptíveis ao nosso redor e à distância, e estímulos internos de nosso psiquismo além de fenômenos orgânicos, o que determinará nossas condições de saúde física e mental.

Como um todo, o corpo, principalmente com a coordenação consciente e inconsciente do cérebro, interfere e interage com a mente, e vice-versa.

Um cérebro saudável é essencial para a saúde geral do indivíduo.

Os hábitos que são saudáveis para a saúde do corpo e da mente são benéficos à saúde do cérebro, assim como os hábitos prejudiciais também fazem mal ao cérebro.

A prevenção das doenças do cérebro se dá cuidando da saúde e do equilíbrio do corpo, gerenciando as doenças crônicas, através de um bom estilo de vida, alimentação saudável, gerenciamento do estresse, cuidando das causas emocionais das doenças, lidando com a ansiedade e buscando bons relacionamentos e um sentido para a vida a fim de sermos atraídos pelo futuro, um antídoto para a depressão que nos fixa no passado e afeta o cérebro e seus neurotransmissores.

Um grave problema na atualidade é que os fatores estressores da vida cotidiana se mantém continuamente, levando o organismo, o cérebro incluído, a um estado de estresse crônico, que é altamente prejudicial para a cognição e as demais funções cerebrais.

Diversos mecanismos fisiológicos ocorrem no estresse crônico, como a liberação de cortisol, que altera a imunidade, desencadeia alterações do sistema digestório, do sono, libido, do humor, comportamento, e alterações da memória, afetando diretamente a saúde do cérebro.

Doenças crônicas como a hipertensão arterial e o diabetes mellitus quando não controladas podem afetar a saúde do cérebro, causando isquemia, micro infartos e até mesmo acidentes vasculares cerebrais, que dependendo da região cerebral acometida se traduzem por sintomas como alteração do comportamento, dos sentidos e da cognição, e podem estar na origem da demência senil.

Transtornos como a doença de Alzheimer, também afetam a estrutura e os circuitos cerebrais, causando diversos sintomas progressivos, evoluindo para a perda da cognição, da memória e a demência.

As drogas são também neurotoxinas que comprometem a saúde e integridade do corpo como um todo, afetando especialmente o cérebro.

Causam alterações funcionais e lesões estruturais em diversas regiões, comprometendo a cognição, memória, afetando o humor, sono, relacionamentos e sexualidade.

Os jogos eletrônicos podem, quando usados com moderação, estimular o raciocínio lógico, a destreza, os reflexos e melhorar diversos indicadores de funções cognitivas, demonstrando serem positivos para o cérebro.

Quando são jogados compulsivamente se transformam em vício, e como qualquer outra adicção também podem sobrecarregar e prejudicar o cérebro e alterar seu funcionamento de maneira negativa.

Toda forma de compulsão traz prejuízo às funções cerebrais, alterando o foco, a atenção, o emocional e a energia dedicada e compartilhada com outras importantes funções da vida em geral.
Muito se falou nos últimas anos sobre o” ócio criativo”, como sendo uma ferramenta importante para a produção intelectual e artística, porém quando ele não é produtivo, vira um ócio vazio. Quais os riscos desse ócio não produtivo?

O ócio não produtivo e contínuo faz com que o cérebro deixe de ser estimulado e nutrido conforme se faz necessário.
Sempre que falta nutrição adequada, há prejuízo às funções.

O alimento do cérebro é a novidade.

Manter-se estimulado pela vida, aprendendo coisas novas, não se acomodando em uma zona de conforto é fundamental para que o cérebro seja estimulado e sejam continuamente criadas novas conexões entre os neurônios, ampliando as redes neurais, o que garante a cognição, a saúde mental e cerebral.