Câncer, a prevenção e o tratamento requerem um olhar sistêmico!
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Um tema que chama nossa atenção pela complexidade e importância é a eterna pergunta sobre o que faz alguém sentir-se feliz ou infeliz.
Na atualidade se prioriza o ter em detrimento do ser, sendo assim, poderíamos esperar que todas as pessoas profissional e financeiramente bem sucedidas se sentissem plenas, felizes e tendo realizado seus sonhos, porém esta é uma ilusão que não resiste a um olhar mais profundo e logo cai por terra, revelando um gosto amargo de decepção.
Se realmente assim fosse, não veríamos pessoas famosas, ricas, bem sucedidas como Elis Regina, Cazuza, Elvis Presley, Marilyn Monroe, Jim Morrison, John Belushi dentre outros artistas e esportistas, personalidades que foram reverenciadas, admiradas e mesmo amadas por milhares de fãs, possuidores de grande fortuna e tudo que alguém pudesse desejar, perderem suas vidas, sua saúde física e mental por não sentirem-se felizes interiormente. Eles buscaram a felicidade na comida, no álcool, nas drogas, nas relações sucessivas e superficiais,e como logicamente não encontraram, afundaram-se cada vez mais até perderem a si próprios.Não protegeram o local mais importante a ser preservado, o terreno de suas emoções.
Foi por sentirem emoções conflituosas e não resolvidas, e por não se conhecerem realmente que buscaram a felicidade e o sentido de suas vidas onde estes não poderiam nunca ser encontrados. Se não vivermos harmoniosamente, através do autoconhecimento e do gerenciamento ou cuidado com nossas emoções seremos fatalmente controlados por elas. A programação Neurolinguística, ou PNL, estuda a estrutura da nossa experiência subjetiva, ou seja, como criamos nossos pensamentos e sentimentos, estados emocionais e comportamentos, e nos mostra como podemos agir para prontamente direcionar e modificar estes padrões.
Em outras palavras, a PNL estuda como o ser humano funciona e mostra que a mudança em nossos padrões repetitivos que geram o sofrimento pode ser efetuada a qualquer momento de nossas vidas, basta utilizarmos as ferramentas adequadas. Geramos pensamento utilizando nossos sentidos internamente, através de imagens, sons, sensações e autodiálogos.
Existem quatro fatores que geram nosso estado interno, nossas emoções e os nossos sentimentos, os quais determinam nossos comportamentos e ações.
Estes fatores são a fisiologia, ou como lidamos e movimentamos nosso corpo, a linguagem, ou como nos comunicamos conosco e com os outros, o foco ou aquilo em que colocamos nossa atenção e as nossas convicções ou crenças internas, que nos motivarão ou limitarão. As mudanças emocionais podem ser conquistadas por alterações em um ou mais componentes desta tétrade, e assim atingiremos os resultados que desejamos, saindo do papel de vítimas dos outros e do destino, e assumindo o controle sobre nossas vidas.
Exemplificando o primeiro componente dos quatro, a fisiologia. Ao observarmos alguém que se sente deprimido, descrevemos a seguinte postura corporal, ombros e cabeça caídos, olhar baixo e vago, respiração profunda e mais lenta, movimentos corporais lentos e para dentro, fala escassa, e aspecto de falta de energia e vitalidade. Este padrão é o correspondente físico do quadro emocional, já que não existe separação entre corpo e mente. Se uma pessoa nesta condição olhar para cima, respirar mais rápida e superficialmente, endireitar suas costas, elevar e abrir seus ombros, mover-se rapidamente, e, por exemplo, caminhar e tomar sol, certamente modificará sua fisiologia, o que afetará também em seu emocional, diminuindo conseqüentemente os sintomas depressivos.
Pensemos no que disse Huberto Rhoden: “O homem pode ser feliz no meio do sofrimento, assim como pode ser infeliz no meio do gozo “, e também: “Sem o encontro consigo mesmo, nenhum homem realizará o seu encontro com Deus”.
O segundo componente dos quatro, é a linguagem. Diz o ditado indiano, “Quando falares cuida para que tuas palavras sejam melhores que o teu silêncio”. A linguagem é uma habilidade que o Homo Sapiens adquiriu com a evolução do sistema nervoso. Ela possibilitou a comunicação, o registro das experiências humanas, que criou a história e nos diferenciou das demais espécies, além da evolução tecnológica. Na técnica somos gigantes, mas emocionalmente ainda estamos longe do necessário, e observamos com tristeza a repetição dos erros históricos em novas roupagens, mas isto é história para outro texto. O ponto onde quero chegar é que a maneira como nos comunicamos, com os outros e conosco, gera diferenças cruciais nos nossos sentimentos, ações e resultados. Exemplificando, quando passamos por uma vivência que não foi bem sucedida geralmente fazemos as seguintes perguntas: “Por que isto sempre acontece comigo?” ou “Como é que sempre atraio este tipo de pessoa, ou de relação?”. O problema é que as perguntas que fazemos determinam a qualidade das respostas que obteremos. Ao fazê-las acessamos nosso banco de dados mental, que reune todas nossas experiências vivenciais desde o útero materno, e também as da humanidade, os arquétipos, os “memes” e informações ancestrais em nosso DNA, e daí então encontramos uma resposta adequada para as questões elaboradas.
Neste exemplo as respostas poderiam ser “Porque você merece, ou porque as coisas são assim mesmo” ou qualquer outra que justifique a experiência. Se você mudar a linguagem, e fizer perguntas voltadas ao resultado que deseja, a experiência se transforma. Ao constatar a repetição de alguma vivência infeliz você pode se perguntar: “Como agirei daqui para frente para modificar este padrão?” ou “Que tipo de pessoa tenho de me tornar para atrair uma relação como a que quero para mim?”. Consultaremos o mesmo banco de dados mental, mas com um “mecanismo de busca” diferente, acessando respostas diferentes.
Modifique seu padrão de linguagem. Comunique-se cuidadosa e amorosamente, consigo e com os outros, e observe a mudança em suas relações e seus resultados. E lembre sempre que o futuro não tem relação com o passado. Mahatma Ghandi disse: “O futuro dependerá do que fizermos no presente”. O terceiro componente é o foco ou aonde colocamos nossa energia e nossa atenção e é o que determinará o que atrairemos. Buda disse: “O que somos é a conseqüência do que pensamos”. O foco de nossa atenção determinará os resultados que conseguiremos na vida.
Há um pressuposto na PNL que anuncia: “A energia flui para onde a atenção está”. Imagine um fotógrafo numa festa, e ele focaliza com sua máquina um casal num canto, brigando, discutindo e fica a festa toda fotografando este casal. Se perguntarem para ele, como foi a festa, dirá que foi muito triste,as pessoas brigaram discutiram, não se entenderam. Se por outro lado ele focalizasse um casal apaixonado, rindo, se divertindo, e após fizessem a mesma pergunta, ele responderia animado que foi uma festa ótima. Havia entendimento, amor no ar. Além disso, há o recurso de zoom, que aumenta aquilo que focalizamos.
Com a vida é a mesma coisa. Aquilo em que focalizamos nossa atenção será como um filtro e atrairá nossa energia. Se somente focalizarmos e percebermos o que é ruim, problemas, doenças, carências, isto é o que será ressaltado e o que vivenciamos. Já se nos conectarmos às coisas boas, felicidade, amor, oportunidade, é nisto que “esbarraremos” em nossas vidas. E ainda achamos que tudo ocorre por acaso.
Quando uma criança machuca o dedo e você mostra a ela um balão ou pássaro no ar, e a dor parece sumir, alguns fatos acontecem em sua fisiologia. Primeiro, ela teve o foco de sua atenção modificado, segundo, saiu da vivência corporal da dor e da sua emoção, para uma visualização, o que quebra o padrão sensorial da dor. A obra “O Segredo” que atualmente faz grande sucesso, evidencia o poder do foco da atenção para a conquista de objetivos, desde os materiais até os emocionais e espirituais. É a universal “lei da atração”. Surpreendemos-nos sempre que perguntamos a alguém o que ela realmente deseja para sua vida, e ela começa a falar aquilo que não deseja! Por focalizar o que não quer, ela obtém exatamente isto! Faça a seguinte experiência. Não pense num fusca vermelho com o teto azul. Você conseguiu? Claro que não. O negativo não existe no campo da experiência. Primeiro você pensa naquilo que não quer, para depois tentar negar, mas aí já é tarde.
Quando queremos algo, devemos pensar exatamente naquilo que queremos, criar uma conexão mental com a realidade ainda virtual para atrair e gerar o que desejamos.Toda realidade primeiro existiu em nossa mente. Porem não adianta somente pensar positivo. A PNL ensina que devemos utilizar estratégias adequadas para atingir nossas metas, de maneira efetiva.
O quarto componente são crenças, e conhecemos o poder transformador sobre a vida que as crenças poderosas produzem. Crenças são princípios que nos orientam, quer tenhamos conhecimento delas, ou não, e proporcionam significado e direção em nossas vidas. São filtros através dos quais percebemos o mundo. São comandos diretos ao nosso cérebro, de como representar o que está ocorrendo. John Stuart Mill, filósofo inglês escreveu: “Uma pessoa com uma crença é igual á força de noventa e nove que só tem interesses”. As nossas crenças limitantes podem ser tão devastadoras quanto as crenças plenas de recursos podem ser fortalecedoras e abrir as portas para a excelência.
Quando você acredita que algo é verdade, entra num estado físico e emocional que lhe direciona para obter tais evidências. Tratadas da maneira certa, as crenças podem ser as mais poderosas forças para criar o bem em nossas vidas, liberando ou criando os ricos recursos que estão dentro de cada um de nós, nos orientando para apoiar nossos resultados desejados. Pessoas sem crenças positivas são como barcos sem leme ou motor. Com crenças orientadas fortes, podemos agir e criar o mundo no qual desejamos viver, pois elas nos ajudam a focar o que queremos e nos energizam para obtê-lo.
Podemos mesmo dizer que a história humana é a história da crença humana. As pessoas que mudaram o mundo, Cristo, Buda, Maomé, Colombo, Einstein, através de suas próprias crenças, mudaram as nossas crenças a cerca da realidade.
No nível fisiológico as crenças, que são representações internas congruentes, controlam nossa realidade. Uma pessoa num estado alterado de consciência ou transe profundo, ao ser tocada com um pedaço de gelo, representado para ela como um pedaço de metal quente, sofre de uma queimadura com bolha no local. Não conta a realidade, mas a crença, que não é questionada pelo sistema nervoso.
A crença é um estado, uma representação interna que governa o comportamento, seja ela positiva ou limitante. Quer você diga que pode ou não pode realizar alguma coisa, você está certo. Sendo assim, fica uma questão fundamental: Qual espécie de crença é melhor ter, e como desenvolvê-la? As crenças podem ser escolhas feitas conscientemente, e o segredo é escolher crenças que contribuam para o sucesso e os resultados desejados, e descartar as que vão no caminho contrário. Existem métodos para fazê-lo. Não há nada de estático, intelectual ou separado da ação numa crença, é ela que determina quanto de nosso potencial seremos capazes de liberar.
E de onde vem nossas crenças? Por que algumas pessoas tem crenças que as alavancam para o sucesso enquanto outras tem crenças que as jogam no fundo do poço? Você tem alguma idéia? Trazemos conosco uma série de crenças apoiadoras e um outro tanto de crenças negativas, com relação ao mundo, as pessoas, e a nós próprios. Elas nos direcionam para os resultados que obteremos, criando nosso destino, embora raramente o percebamos.
As crenças foram codificadas linguisticamente em nossos cérebros, ou seja, através da linguagem é que aprendemos a acreditar nos valores que determinam nosso comportamento. Sendo assim, existe a possibilidade de também através da linguagem, reprogramá-las, ou recodificá-las em nosso cérebro. Pense por um momento como está sua relação com as pessoas. Ninguém pode fazer você se sentir infeliz ou inferior. A escolha é sempre sua. Se alguém provoca em você a sensação de inferioridade ou infelicidade, ou qualquer outra, tem a sua permissão. Você sabe como se treina uma pulga? coloque-a dentro de um jarro e feche-a. Ela pula, bate na tampa do jarro e volta, várias vezes até que “aprende” que não adianta então passa a pular numa altura menor, sem bater na tampa. Agora você pode tirar a tampa que ela ficou condicionada e não irá pular para fora.
Nós humanos também temos uma série de condicionamentos programados em nosso sistema integrado corpo mente, e geralmente não nos damos conta disso. Quantas tampas de jarro você ainda conserva em sua vida? Ouvimos centenas de milhares de “nãos” em nossa infância, certamente muitos necessários, mas no impacto que causam também contou a maneira e a intenção como foram ditos. É importante entender que quem determina até onde irá, baseado em suas crenças, é somente você. O seu valor, sua auto estima, o que lhe acontece, o mundo exterior é um reflexo do seu mundo interior.
Para mudar, é preciso usar seu cérebro de modo diferente do que está acostumado. Se você focar e vivenciar sucesso, ou amor, é o que encontrará no mundo. O mesmo se você focar em doenças ou desgraças.
William James, um dos maiores psicólogos e filósofo americano afirmou que a mais importante descoberta dos últimos cem anos no campo do desenvolvimento humano foi que antes se pensava que para agir era preciso primeiro sentir, hoje se sabe que se começamos a agir,o sentimento aparece. Ele resumiu essa descoberta em uma frase: “O passarinho não canta porque está feliz, ele está feliz porque canta”. Se você sente-se triste, e começa a mover-se, agir de um jeito quando está feliz, pensar nas coisas que pensa quando está feliz, sua fisiologia modifica-se, e então seus sentimentos também.
A maioria das pessoas diz, “o dia em que eu me sentir bem, vou fazer isto ou aquilo”. O caminho deve ser inverso, comece a agir, e daí os sentimentos começarão a mudar dentro de você. A intenção sem ação chama-se ilusão. Daí dizemos que aquela pessoa vive de ilusão, sempre pensando, e nunca agindo. Quando o pai do pequeno João explicou ao filho que a maçã que ele estava comendo veio de sementes iguais àquelas dentro da maçã, e que aquelas sementes se cultivadas seriam também maçãs, nunca laranjas ou bananas, o menino perguntou se as maças iriam ser tão doces quanto á que ele acabara de comer. O pai explicou: depende, poderá ser doce ou azeda, grande ou pequena, macia ou dura, dependendo da chuva, da terra, do vento, do sol, do calor ou frio, do cuidado que ela tiver durante o crescimento. Assim é com as pessoas, só que a grande diferença é que as maças são colhidas na macieira, que está presa ao solo por raízes, e nós temos nossos pés. A planta precisa das condições do solo, do clima dos nutrientes, enquanto nossos pés podem nos conduzir para um terreno mais adequado. Podemos escolher e produzir condições mais favoráveis para o nosso desenvolvimento pessoal, a decisão de reclamar das condições ou buscar novo solo na nossa existência, depende de cada um de nós.
Aproveite a oportunidade, ela se chama “Vida”.