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Hipoglicemia e hiperglicemia são riscos à saúde. Quando acontecem e como tratar?

Hipoglicemia e hiperglicemia são riscos à saúde. Quando acontecem e como tratar?

A hipoglicemia ocorre, além da diabetes, em outras situações, como em pessoas que têm um padrão irregular de alimentação, ficando muitas horas sem comer, submetidas a condições climáticas extremas ou a excesso de atividade física. Também surge em doenças como tumores ou inflamações do pâncreas, doenças de outras glândulas e do sistema nervoso central.

Os exames para medir a glicemia já são bem conhecidos, mas muito se comenta sobre ser necessário medir o nível de insulina. Será mesmo importante, e por quê?

É verdade que muitas vezes o médico julga ser importante dosar a insulina em jejum para conhecermos seus níveis no organismo.

Quando elevada, pode significar uma condição chamada de síndrome metabólica, que ocorre em determinadas doenças, na obesidade, nos erros alimentares com excesso de ingestão de carboidratos refinados, como açúcar, e predispõe ao diabetes mellitus, inflamação crônica, doenças cardiovasculares, dentre outras.

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, uma glândula fundamental para a saúde e a vida. Ela exerce duas funções: uma chamada exócrina, de produção de enzimas digestivas como a amilase, lipase, tripsina, e a função endócrina, de produção glucagon, somatostatina e da insulina, hormônio que leva o açúcar para dentro das células a fim de se transformarem em energia para o organismo. Tem papel na regulação da fome, da saciedade, no ganho de peso e obesidade.

Diabetes mellitus é uma doença metabólica e sistêmica que afeta o organismo como um todo.

No diabetes tipo 2, que geralmente ocorre na maturidade, a partir dos 40 anos, com padrão hereditário e desencadeado por consumo excessivo de carboidratos refinados, sedentarismo e obesidade, a função do pâncreas e a produção de insulina se encontram diminuídas, mas podem ser estimuladas por medicamentos e mudanças no estilo de vida, alimentação saudável e atividade física.

Já no diabetes tipo 1, que é uma doença autoimune, a perda da função do pâncreas se dá mais cedo, geralmente na infância, e o quadro leva à necessidade de utilização de insulina, e há aumento dos riscos de complicações.

Além do diabetes, há outros fatores podem descontrolar a glicemia, e muito se comenta sobre os fatores emocionais.

Estes são os erros alimentares como excesso de ingestão de carboidratos principalmente refinados como açúcar, dietas extremas e jejum prolongado em pessoas que não tem as condições de saúde para fazê-lo, infecções agudas e crônicas, certos tipos de tumores, e também problemas emocionais, como o transtorno do pânico, cujos sintomas são muito semelhantes à uma crise de hipoglicemia.

É importante mantermos uma alimentação equilibrada e natural, o controle das doenças crônicas e o equilíbrio emocional.

A hiperglicemia também é prejudicial, embora de maneira menos aguda e mais crônica, e as pessoas saudáveis também devem ter cuidado.

A baixa produção de insulina pelo pâncreas, que se encontra deficiente, faz com que a glicose na circulação não seja absorvida pelas células dos órgãos (exceção do cérebro e coração) e então permaneça em excesso na corrente sanguínea, que é a hiperglicemia.

Esta condição, ao longo do tempo, lesiona às células, os nervos periféricos, causa danos vasculares e arteriais e desencadeia doenças como insuficiência renal, que pode levar à necessidade de transplante renal, cardiopatias e infarto do miocárdio, falta de circulação distal e neuropatia com gangrena nos dedos dos pés, lesões vasculares nos olhos levando à cegueira, lesões vasculares e nos nervos do pênis, causando impotência sexual, e diversos outros problemas.

Os alimentos processados, que contêm açúcar e carboidratos refinados, não devem fazer parte da alimentação do diabético, pois elevam ainda mais rapidamente a glicemia, agravando as lesões celulares e teciduais e piorando o metabolismo.

A alimentação deverá ser equilibrada, não excessiva, e as fontes de carboidratos devem ser de alimentos realmente integrais e naturais como leguminosas, frutas, e cereais integrais.

Cuide sempre de sua alimentação e de sua saúde, ela é seu melhor investimento para toda vida.